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CIEE | Agitação

45

O

cliente entra no supermerca-

do. Enche um carrinho de

produtos. Vai embora e nem

passa pelos caixas, vai direto

para a saída. O segurança não

se mexe. Atravessa a porta em direção do es-

tacionamento. Atrás, ouve apenas um apito e

o barulho de uma pequena impressora emi-

tindo a nota fiscal: um sensor rastreou em

poucos segundos a etiqueta de cada compra

à distância, fechando a fatura e debitando no

cartão de crédito.

A cena não é de um filme de ficção cientí-

fica e pode se tornar realidade em pouco tem-

po. Isso porque, ano após ano, a tecnologia de

RFID (identificação por radiofrequência) fica

mais acessível. Em 2007, cada etiqueta com

chip rastreável custava umdólar, e hoje sai por

oito centavos de dólar. Atualmente ela é apli-

cada no controle de grandes estoques: emcer-

ca de seis segundos, um leitor de RFID é capaz

de contar entre 400 e 500 peças de roupa, se-

parando-as por cor e tamanho. No Brasil,

uma das empresas que oferecemessas

soluções avançadas é a Itag, que tem

entre suas preocupações, alémdas

inovações, a formação de capital

humano adequado para atuar

com qualidade e aptidão.

A empresa está completan-

do cinco anos de atividade e

abre para estudantes a possibili-

dade de conhecer essa modalida-

de de rastreamento de produtos, sendo parcei-

ra doCIEE desde o início. “Nas faculdades, não

existemdisciplinas focadas exclusivamente em

RFID, assimacabamos por formar técnicos es-

pecializados nessa tecnologia de ponta”, explica

Sérgio Gambim, fundador da empresa. De fa-

to, a Itag configurou seu programa de estágio

para ter esse caráter educativo. O processo se-

letivo é quase umvestibular, composto por três

meses de aulas intercaladas por provas elimi-

natórias. No final, avaliamo perfil dos aprova-

dos e os alocam na melhor área para atuarem,

tais como suporte técnico, logística, marketing,

comercial e engenharia, entre outros. Por todos

essesmotivos, o índice de efetivação é alto. Ro-

drigoNunes dos Santos, de apenas 18 anos, co-

meçou o estágio em abril e em junho já estava

efetivado. “Tudo o que sei aprendi aqui”, conta.

Hoje ele ministra treinamento para novos es-

tagiários, dentre eles GuilhermeNunes deOli-

veira, 23 anos.

A semelhança dos sobrenomes não é coin-

cidência: Guilherme e Rodrigo são primos que

desde a infância partilham o gosto pela infor-

mática. Apesar do parentesco, Guilherme, que

estuda tecnólogo de análise e desenvolvimento

de sistema, garante que o professor não pega

leve. “Na hora da prova, é jogo duro”, conta,

confessando que o rigor da empresa o faz sentir

mais valorizado. Metade da bolsa-auxílio que

recebe é entregue ao pai para pagamento da

mensalidade – que já é menor graças a uma

bolsa escolar que ganhou.

»

ESTÁGIO

TALENTO

PARA

RASTREAR

ITAG, EMPRESA

ESPECIALIZADA EM

TECNOLOGIA DE

PONTA, FORMA

TÉCNICOS

DURANTE ESTÁGIO.

Fotos: Divulgação

Sérgio

Gambim, da Itag:

“Nas faculdades,

não existem

cadeiras focadas

exclusivamente

em RFID.”

Guilherme e Rodrigo,

primos que dividem a

paixão pelos

computadores, agora

desvendam a tecnologia

de rastreamento por

radiofrequência.