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que se encontram em andamento estão contemplados no
plano. Por exemplo, projetos urbanos como o polo ins-
titucional e tecnológico em Itaquera e o polo de feiras e
eventos em Pirituba, além das operações urbanas em exe-
cução e aquelas que estão em fase de desenvolvimento.
Os custos para implantação do plano foram estimados
em 315 bilhões de reais e considerados compatíveis com
a capacidade de investimento das três esferas de governo.
Um conceito fundamental presente no plano é o da
cidade compacta, policêntrica e equivalente. O concei-
to de cidade compacta e policêntrica é o de uma cidade
densa e socialmente diversificada com elevada qualidade
urbana e ambiental, constituída de vários centros organi-
zados no entorno das redes de transporte público de alta
e média capacidade onde as pessoas estão mais próximas
das oportunidades. Na cidade equivalente deve haver no
entorno imediato de qualquer localidade do território
urbano condições adequadas de moradia, acessibilidade
ao transporte público, serviços, comércio, equipamentos
públicos, saúde, educação e cultura.
O SP 2040 não pretende substituir nenhum plano ou
instrumento de planejamento existente. Agrega-se a eles
como mais um elemento nessa cadeia, potencializando os
demais planos e beneficiando-se deles. Nesse momento
em que se inicia a discussão da revisão do plano diretor
estratégico do município de São Paulo isso se torna ainda
mais presente. Por um lado, o SP 2040 pode oferecer im-
portantes subsídios para essa revisão, e as discussões que
ocorrerão durante o processo poderão contribuir para o
aprimoramento do SP 2040.
Ponto Final
Miguel Bucalem
é professor titular da Escola
Politécnica da USP, Ph.D. pelo Massachusetts Institute
of Technology e foi secretário de Desenvolvimento
Urbano da prefeitura de São Paulo.
Miguel Bucalem
G
randes cidades do mundo têm utilizado planos de lon-
go prazo para orientar o seu desenvolvimento. Citamos
Londres, Nova Iorque, Paris e Chicago do mundo desenvolvi-
do, e Cingapura, Seul e Hong-Kong do em desenvolvimento.
O SP 2040 foi idealizado nesse contexto e mobilizou técnicos
da prefeitura, especialistas da academia, entidades da socie-
dade civil organizada e mais de 25 mil paulistanos. O plano
contém um diagnóstico da situação da capital paulista, que
destaca seus principais desequilíbrios. As análises e propo-
sições se organizam segundo cinco eixos estruturadores:
coesão social, desenvolvimento urbano, melhoria ambiental,
mobilidade e acessibilidade e oportunidade de negócios. É,
portanto, um plano que, além de abordar os aspectos físico-
territoriais, considera de forma integrada o desenvolvimento
econômico e social.
Elegeram-se alguns projetos,
chamados de projetos catalisa-
dores, que sendo transversais
aos eixos estruturadores têm o
potencial de irradiar o desen-
volvimento na direção deseja-
da e serão os propulsores para
a concretização do plano:
Rios
vivos, Parques urbanos, Comu-
nidades, Cidade de 30 minutos
,
Polos de oportunidades
e
Cida-
de aberta
. O conteúdo do pla-
no foi divulgado em novembro
de 2012 e está sistematizado
em um volume com cerca de
360 páginas, cuja versão ele-
trônica pode ser acessada no
sitio
.
Vários projetos e iniciativas
“Um conceito
fundamental
presente no
plano é o
da cidade
compacta,
policêntrica e
equivalente.”
Reproduzimos este artigo que, por uma
falha de produção, foi publicado apenas
na versão digital de
Agitação 110
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