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10 | Coleção CIEE 139

Candidato à presidência do Conselho Federal da OAB na eleição

de 1º de abril de 1981, derrotou o jurista, depois ministro, da mais

alta Corte, José Paulo Sepúlveda Pertence, assumindo o cargo no

mesmo dia. Enquanto esteve à frente da Ordem defendeu, sobre-

tudo, o aprimoramento do ensino jurídico no país e a convocação

de uma Assembleia Nacional Constituinte, mostrando-se contrá-

rio ao projeto de reforma eleitoral proposto pelo governo e à lei

orgânica da magistratura. Foi em sua gestão que o Conselho Ple-

no da nossa Ordem dos Advogados do Brasil decidiu por unani-

midade lutar pela revogação da Lei de Segurança Nacional, a LSN.

Filiando-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o

PMDB, no pleito de novembro de 1986, foi eleito deputado fede-

ral na Assembleia Nacional Constituinte (ANC), pelo Amazonas,

com 41.000 votos, a maior votação do seu Estado. Com a pro-

mulgação da nova Constituição, em 5 de outubro de 1988, o mi-

nistro Bernardo Cabral encerrou suas funções como relator do

Congresso Constituinte. No mês seguinte, com a promulgação do

Livro Constituinte

:

o que pode e o que não pode

, do consultor-geral

da República, Saulo Ramos, que defendia a tese de que a Consti-

tuição era derivada e seus poderes secundários, Cabral elaborou

então um conhecido parecer em resposta, sustentando a legitimi-

dade e a soberania da ANC.

Com a vitória de Collor de Mello no segundo turno das eleições

realizadas em dezembro de 1988, Cabral foi indicado para a pasta