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E V E N T O S

78

Agitação

nov/dez 2008

Novos cenários educacionais no Brasil

Empresa e Terceiro Setor: uma parceria eficaz

Reportagemrecentedarevista

Times

des-

tacou os riscos que as empresas correm

de não alcançar o sucesso desejado por

não estarem atentas ao Terceiro Setor,

que se consolida cada dia mais no mun-

do globalizado. Um exemplo dessa força

é a instituição Ação Voluntária, que tra-

balha na formação de crianças e jovens.

A escola como ela está fazia sentido até

meados do século 20. Comas redes emí-

dias atuais há um desconforto crescente

de todos que atuamna educação escolar.

O que se tem feito são adaptações, re-

mendos, “puxadinhos”, inchando a esco-

la de mais conteúdos obrigatórios. Essas

iniciativas não são suficientes, segundo

JoséManuelMoran

, professor de Novas

Tecnologias da USP e diretor acadêmico

da Faculdade Sumaré, que fez palestra

sobre o tema

Novos cenários educacio-

nais no Brasil

, no Ciclo de Orientação e

Educação Profissional, promovido pelo

CIEE em parceria com a Colméia. Para

ele, a finalidade principal de aprender

não é acumular informação, mas trans-

formá-la em conhecimento que permita

fazer opções interessantes entre idéias,

valores, visões de mundo,

com freqüência conflitan-

tes. Esse papel mais amplo

não pode ser atribuído so-

mente à escola, mas tam-

bém à família, a cada ins-

tituição, à cidade como um

todo (cidade educadora).

Mas a escola tem focado

mais a formação intelec-

tual do que a vivência das

práticas aprendidas; isto é,

se preocupa em mostrar

caminhos, sem acompa-

nhar os resultados con-

cretos, a realização pessoal, profissio-

nal, emocional. “Às vezes, há pessoas

intelectuais, mas sem competências

emocionais, que não sabem trabalhar

O programa é desenvolvido em parceria

com a comunidade e com as escolas das

regiões carentes em que atua. Fundada

em 1967, a ONG já atendeu mais de 120

mil crianças, cerca de seis mil por ano.

“Esses jovens que acolhemos são osmes-

mos que darão continuidade à econo-

mia do nosso país”, explica

Ana Maria

Vilela Igel

, presidente da

Ação Voluntária, que par-

ticipou do 54º Encontro

CIEE do Terceiro Setor, ao

lado do vice-presidente da

instituição,

Paulo Sérgio

Bravo de Souza

, e

Maria

Cecília Roxo Nobre Bar-

reira

, consultora de orga-

nizações sociais e autora

de diversas publicações

sobre programas sociais. Os profissio-

nais abordaram o tema

Eficácia no 3º Se-

tor

, com base no

case

bem-sucedido da

Ação Voluntária. Souza destacou alguns

problemas comuns entre as instituições,

o que interfere na imagem que a ONG

apresenta à comunidade e, principal-

mente, às empresas que são grandes par-

ceiras na captação de recursos: “Umerro

costumeiro das ONGs é divulgar ques-

tões quantitativas, mas o principal é citar

a transformação social que esse trabalho

pode gerar”, comenta. A eficácia é a ade-

quação da ação para atingir as metas es-

tabelecidas, segundo Maria Cecília. Para

que os projetos propostos surtam efeito,

é importante ter o apoio das empresas,

que também se beneficiam dessa parce-

ria: “O consumidor brasileiro valoriza

mais a responsabilidade cidadã do que a

responsabilidade operacional nas corpo-

rações”, afirma Souza.

24/10 - Auditório Ernesto Igel do CIEE/SP.

em grupo, por exemplo”, destaca o pro-

fessor, referindo-se a uma exigência do

mercado de trabalho.

20/10 – Auditório Ernesto Igel do CIEE/ SP

(Da esq. para dir.) Os palestran-

tes Ana Maria Vilela Igel, Paulo

Sérgio Bravo de Souza e Maria

Cecília Roxo Nobre Barreira.