E V E N T O S
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Agitação
nov/dez 2008
Novos cenários educacionais no Brasil
Empresa e Terceiro Setor: uma parceria eficaz
Reportagemrecentedarevista
Times
des-
tacou os riscos que as empresas correm
de não alcançar o sucesso desejado por
não estarem atentas ao Terceiro Setor,
que se consolida cada dia mais no mun-
do globalizado. Um exemplo dessa força
é a instituição Ação Voluntária, que tra-
balha na formação de crianças e jovens.
A escola como ela está fazia sentido até
meados do século 20. Comas redes emí-
dias atuais há um desconforto crescente
de todos que atuamna educação escolar.
O que se tem feito são adaptações, re-
mendos, “puxadinhos”, inchando a esco-
la de mais conteúdos obrigatórios. Essas
iniciativas não são suficientes, segundo
JoséManuelMoran
, professor de Novas
Tecnologias da USP e diretor acadêmico
da Faculdade Sumaré, que fez palestra
sobre o tema
Novos cenários educacio-
nais no Brasil
, no Ciclo de Orientação e
Educação Profissional, promovido pelo
CIEE em parceria com a Colméia. Para
ele, a finalidade principal de aprender
não é acumular informação, mas trans-
formá-la em conhecimento que permita
fazer opções interessantes entre idéias,
valores, visões de mundo,
com freqüência conflitan-
tes. Esse papel mais amplo
não pode ser atribuído so-
mente à escola, mas tam-
bém à família, a cada ins-
tituição, à cidade como um
todo (cidade educadora).
Mas a escola tem focado
mais a formação intelec-
tual do que a vivência das
práticas aprendidas; isto é,
se preocupa em mostrar
caminhos, sem acompa-
nhar os resultados con-
cretos, a realização pessoal, profissio-
nal, emocional. “Às vezes, há pessoas
intelectuais, mas sem competências
emocionais, que não sabem trabalhar
O programa é desenvolvido em parceria
com a comunidade e com as escolas das
regiões carentes em que atua. Fundada
em 1967, a ONG já atendeu mais de 120
mil crianças, cerca de seis mil por ano.
“Esses jovens que acolhemos são osmes-
mos que darão continuidade à econo-
mia do nosso país”, explica
Ana Maria
Vilela Igel
, presidente da
Ação Voluntária, que par-
ticipou do 54º Encontro
CIEE do Terceiro Setor, ao
lado do vice-presidente da
instituição,
Paulo Sérgio
Bravo de Souza
, e
Maria
Cecília Roxo Nobre Bar-
reira
, consultora de orga-
nizações sociais e autora
de diversas publicações
sobre programas sociais. Os profissio-
nais abordaram o tema
Eficácia no 3º Se-
tor
, com base no
case
bem-sucedido da
Ação Voluntária. Souza destacou alguns
problemas comuns entre as instituições,
o que interfere na imagem que a ONG
apresenta à comunidade e, principal-
mente, às empresas que são grandes par-
ceiras na captação de recursos: “Umerro
costumeiro das ONGs é divulgar ques-
tões quantitativas, mas o principal é citar
a transformação social que esse trabalho
pode gerar”, comenta. A eficácia é a ade-
quação da ação para atingir as metas es-
tabelecidas, segundo Maria Cecília. Para
que os projetos propostos surtam efeito,
é importante ter o apoio das empresas,
que também se beneficiam dessa parce-
ria: “O consumidor brasileiro valoriza
mais a responsabilidade cidadã do que a
responsabilidade operacional nas corpo-
rações”, afirma Souza.
24/10 - Auditório Ernesto Igel do CIEE/SP.
em grupo, por exemplo”, destaca o pro-
fessor, referindo-se a uma exigência do
mercado de trabalho.
20/10 – Auditório Ernesto Igel do CIEE/ SP
(Da esq. para dir.) Os palestran-
tes Ana Maria Vilela Igel, Paulo
Sérgio Bravo de Souza e Maria
Cecília Roxo Nobre Barreira.