grande diferença para os concorrentes
é que nossa plataforma acadêmica é
desenvolvida demaneira colaborativa.
Um exemplo: no ano passado, refor-
mulamos os cursos de engenharia, pa-
ra tentar modernizá-los. Não foi nin-
guém de Fortaleza ou de São Paulo
que pensou nisso. Convidei umcolega
engenheiro e físico para coordenar o
processo e ele convidou os coordena-
dores de engenharia do Brasil todo.
Então, depois de quase um ano, saiu a
nova formatação. E assim fizemos
com direito e com a área de saúde.
Acho que esse é um grande diferen-
cial. Agente acaba padronizando, mas
de maneira colaborativa.
A Adtalem tem tradição em algu-
mas áreas específicas ou hoje o
campo de atuação é mais aberto?
Aberto totalmente. Em termos de
números, o maior núcleo de estu-
dantes é o de engenharia, seguido da
área de saúde.
Hoje se percebe certa desvaloriza-
ção da carreira do professor. Como
aAdtalemenxerga isso e comomu-
dar essa realidade?
Isso vem mudando. À medida que a
maturidade profissional avança, mui-
tos profissionais querem se tornar
professores, principalmente em insti-
tuições do ensino superior. Aqui tra-
balhamos com duas plataformas for-
tes: uma é a capacitação do professor
– nós temos horas e horas de umpro-
grama interno chamado Mandacaru,
de treinamento para os professores e
cobramos a participação deles – e ou-
tra é o reconhecimento. Há poucas se-
manas estávamos na Costa do Sauí-
pe/BA, num evento chamado
Acade-
mic Stars
, a premiação dos melhores
professores do Brasil. Tínhamos lá
cerca de 300 docentes contemplados
por um critério que 70% são escolha
do aluno. Temprofessores premiados
há sete anos seguidos.
Qual a importância do professor
para a educação?
O professor é quem entrega a edu-
cação aos alunos. Apesar de todo es-
se envolvimento, do planejamento
acadêmico, do programa de ensino
colaborativo, é o professor que está
ali, encontrando dificuldades. É ele
que faz a diferença, ele que dá o
show na hora H.
Fale um pouco de sua trajetória
profissional.
Comecei a faculdade com16 anos, no
curso de administração na Universi-
dade Federal de Pernambuco(UFPE),
em Recife. Até os 18, só estudei. De-
pois fui bater na porta do CIEE atrás
de estágio. Fiz também pós-gradua-
ção na UFPE e uma MBA na Funda-
ção Getúlio Vargas. Recentemente
conclui uma imersão na Universidade
de Stanford. Passei doze dias com 70
pessoas domundo todo, emSão Fran-
cisco, nos Estados Unidos.
Como foi sua experiência no es-
tágio?
Quando eu tinha 18 anos, um gran-
de ofertante de estágio era o Banco
do Brasil e eu tinha uma grande
vontade de trabalhar em banco. O
bom é que, depois que acabou o es-
tágio, acabou também essa minha
vontade (risos). Percebi que meu ca-
minho profissional era outro. Mas a
estrutura do CIEE era fantástica.
Havia o cuidado de preparar o can-
didato para a vida profissional. Esse
suporte do CIEE foi fundamental
para o começo da minha carreira.
Então o estágio facilitou seu per-
curso profissional?
Sem dúvida. Não adianta dar ape-
nas a técnica. A gente fica muito
contente quando ouve notícias de
estágios e empregos que nossos
alunos conseguiram. Depois do
Banco do Brasil, fui para Bunge,
também como estagiário. Estagiei
em Recife e em Fortaleza na Coca-
Cola. Quando surgiu o convite, em
2011, da Devry, fiquei encantado
com o projeto e já estou aqui há
seis anos. Quando se trabalha em
educação, você transforma pes-
soas. Transforma vidas, não só do
estudante, mas da família, e dos fi-
lhos que virão. É um vírus que nos
contamina.
Que conselho daria aos jovens que
buscam se desenvolver para o su-
cesso profissional?
Procure fazer a diferença. Cada vez
que a gente se força mais, pratica
mais, acaba melhorando. Na fase de
estudante, aproveite para consumir
ajuda. Até hoje eu consumo. Estar
atento a tudo que possa me auxiliar,
ser curioso para aprender. E não
adianta também o estudante achar
que está superpreparado. Tem de es-
tar sempre se preparando e aprovei-
tar o que o CIEE e nossos departa-
mentos de auxílio oferecem. Isso tem
de acontecer no começo, no meio e
no fim, sempre. E nunca se esqueça
de estudar e de tentar melhorar. Essa
a grande lição que a gente vê nos
grandes líderes no mundo.
CIEE | Agitação
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