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tante é empoderar nossos alunos para

alcançar seus objetivos de carreira. Is-

so é o que norteia todas as nossas ins-

tituições ao redor do mundo.

A baixa qualidade de ensino in-

fluenciou a decisão de investir no

Brasil?

Quando se compara o índice de adul-

tos com nível superior no Brasil com

outros países, do Brics por exemplo,

ou vizinhos, como Chile e Colômbia,

estamosmuito abaixo. Então, comes-

sa janela de oportunidades, foi o mo-

mento ideal para que Adtalem inves-

tisse no Brasil.

Pelomapa de atuação da Adtalem,

existe umamaior concentraçãonas

regiões Norte e Nordeste. Por que

a opção por essas regiões?

Nessas regiões existemasmaiores dis-

paridades entre adultos com ensino

superior ou não, e tambémonde havia

menor concorrência. Estrategicamen-

te, a Adtalem entrou pelo Nordeste,

prosseguiu para o Norte; e num se-

gundo momento, com a Damásio

Educacional, entrou no Sudeste. E a

Damásio tempenetração no Brasil to-

do, com mais de 200 franquias do

Oiapoque ao Chuí. O segundo movi-

mento para o Sudeste foi com o Ib-

mec. Essa foi a estratégia para conti-

nuar a expansão.

O ensino à distância é o futuro da

educação?

Sem sombra de dúvida. O ensino à

distância não só dá acesso e flexibili-

dade à população, mas forma umpro-

fissional para a realidade domomento.

A empresa precisa de um funcionário

que tenha disciplina e o aluno tem de

ser autodidata, atuar emequipe, mes-

mo à distância, e todos esses atributos

são efetivamente trabalhados no ensi-

no à distância. A partir do momento

que dará esse

click

nas empresas, esse

mercado vai ultrapassar as barreiras

do preconceito que ainda existe.

E a questão da democratização do

ensino, ou seja, quem está no inte-

rior pode receber a mesma quali-

dade de quemmora na capital?

A Adtalem tem uma experiência de

mais de 40 anos comEaDnos Estados

Unidos. Com o número já expressivo

no Brasil, a gente percebe que a disci-

plina para entrar no portal, estudar o

material, responder a uma questão,

discutir com o grupo – aliado aos

avanços da tecnologia voltada à edu-

cação – vem gerando benefícios na

preparação do profissional. Isso é

muito claro para nós.

Comoobservama qualidade de en-

sino no Brasil?

OMinistério da Educação faz umpa-

pel fantástico de fiscalização, com re-

gras claras, e de determinar os crité-

rios democráticos para todo mundo.

Isso vemalavancando a educação. Es-

sa competição é salutar, quando se

veem as notas avaliativas do MEC.

Nossas escolas, há cinco anos, vem

emumascendente incrível e omerca-

do emsi tambémvivencia o bommo-

mento. No contato com os alunos, a

gente vê a evolução deles, dos profes-

sores e dos trabalhos realizados.

Muitas universidades reclamamda

baixa qualidade e do despreparo

do aluno que sai do ensinomédio e

chega à graduação.

Temos um programa forte, um setor

especializado chamado Casa – Coor-

denadoria de Apoio e Suporte para o

Aluno – que desde o primeiro dia, pe-

las notas de entrada e pelo perfil das

primeiras aulas, dá um suporte de vá-

rias maneiras: apoio pedagógico, mo-

nitoria de alunos mais avançados, e

eles todos ficamsupersatisfeitos de es-

taremprovendo isso. A palavra de or-

dem é apoio, parar de reclamar de

quem entrou e tentar desenvolvê-los.

Porque todo mundo tem potencial,

basta dar as ferramentas corretas. E

temos experiência demais de 80 anos

para fazer com que eles aprendam e

consigam tirar esse

gap

naturalmente.

Quais as principais dificuldades

para uma empresa de educação

que investe no Brasil?

A dificuldade burocrática é grande,

como tudo no Brasil. A dificuldade

é principalmente cultural, de tentar

fazer com que os adultos, que já es-

tão profissionalizados ou trabalhan-

do, voltem a estudar. Esperamos al-

cançar índices nos próximos anos

compatíveis com o tamanho do Bra-

sil e a importância econômica que

tem no mundo.

Acrise afetou o setor de educação?

Sim, a crise afetou todo mundo. Mui-

tas pessoas adiama decisão de estudar

em função da insegurança. As nossas

marcas trabalham muito com estu-

dantes tradicionais que vêmdo ensino

médio. Isso acabou deixando a gente

mais confortável para enfrentar a crise.

Como funciona a padronização do

ensino em instituições do grupo

tão diferentes e em estados com

culturas distintas?

Temos marcos padronizados, mas a

10

Agitação | CIEE

Procure fazer a

diferença. Cada

vez que a gente

se força mais,

pratica mais,

acaba

melhorando.

»

ENTREVISTA

GERALDO MAGELA