P
elo 21º ano consecutivo, o Prêmio Professor Emérito
– Guerreiro da Educação – Ruy Mesquita homena-
geia uma personalidade com relevante contribuição
à educação e ao desenvolvimento do país. Em 2017,
foi eleito Roberto Rodrigues, engenheiro agrônomo, coorde-
nador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Var-
gas (FGV) e um dos líderes do processo que transformou o
Brasil num gigante no mercado internacional de carnes, grãos
e outros produtos agrícolas.
Ainda estudante da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz nos anos 1960, descobriu que a melhor maneira
de contribuir para um mundo melhor era aprender e ensinar
tudo o que saberia para o maior número possível de pessoas.
Foi assim que entrou para o magistério em 1967, dois anos
depois de formado, e permaneceu por mais de três décadas
no Departamento de Agronomia da Unesp de Jaboticabal, in-
terior de São Paulo. Era um daqueles professores que enchiam
anfiteatros de alunos atraídos pela qualidade de suas aulas que
uniam teoria de prática. E que prática! Sua matéria era coo-
perativismo, atividade que ele desenvolvera e estimulara des-
de cedo e à qual dedicaria boa parte de sua carreira extraclas-
se, ocupando postos de liderança em entidades de classe na-
cionais e internacionais.
Sua atuação atraiu a atenção de governantes, que o con-
vocaram para assumir pastas importantes ao desenvolvimen-
to do agronegócio, como a Secretaria de Agricultura do Es-
tado de São Paulo e o Ministério da Agricultura. Em todas es-
sas oportunidades, incluiu o empreendedorismo e o coope-
rativismo como itens de ponta nas políticas públicas setoriais
que comandou. Incentivou também a pesquisa, o que propi-
ciou o desenvolvimento de inovações que estão na base do
exemplar desenvolvimento da agropecuária brasileira, hoje
reconhecida como uma das mais avançadas do mundo, tanto
em tecnologia quanto em preservação ambiental e produti-
vidade. Esses são alguns dos méritos reconhecidos na vida e
obra do Guerreiro da Educação 2017.
»
CARTA AO LEITOR
CIEE | Agitação
5
Ainda estudante
da Escola
Superior de
Agricultura Luiz
de Queiroz nos
anos 1960,
Roberto
Rodrigues,
descobriu que a
melhor maneira
de contribuir
para um mundo
melhor era
aprender e
ensinar tudo o
que saberia para
o maior número
possível de
pessoas.