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Educação: a rota para o fim da vulnerabilidade social
se ela tiver o ensino superior completo, esse impacto é de 47%,
segundo dados do IBGE.
O último censo mostra que o país fez um progresso importante
em termos de anos de escolaridade da população, que atualmente
é de 7,2 anos. Mas ainda sim, este percentual revela que a média
da população brasileira não tem sequer o ensino fundamental
completo. Algo vergonhoso se comparado com países vizinhos,
como Chile, Uruguai, México e Argentina. Para agravar ainda
mais, esses 7,2 anos se realizam com uma baixa qualidade de
ensino.
O Brasil tem melhorado a qualidade de ensino nas séries iniciais
do ensino fundamental, mas há uma década está estagnado
nas séries finais do ensino fundamental e do ensino médio. A
paralisia acontece em um patamar muito baixo. Nas séries finais
do fundamental, o percentual de alunos que completa essa etapa
com aprendizado adequado em matemática não chega a 15%; no
médio, o percentual é ainda menor, apenas 11%.
Para mudar esse quadro, o país precisa não só ampliar os
investimentos em educação, mas fazer com que os recursos
cheguem, de fato, à escola, por exemplo, promovendo melhoria
nos salários dos professores, nas condições de trabalho, na
infraestrutura.