Quais foram as mudanças mais
significativas do setor bancário
no século 21 e para quais mudan-
ças o jovem deve atentar nos pró-
ximos anos?
Estamos em uma era cada vez mais
digital, na qual a forma das pessoas
se relacionarem se transformou e,
consequentemente, a forma de se
relacionar com os bancos também
mudou. Entendendo essa tendên-
cia, o Itaú tem se posicionado for-
temente como um banco digital,
com o Digitau, o Tokpag e o Pag-
contas, entre outras novidades.
Nessa tendência, a realidade online
já faz parte do dia a dia dos jovens
também na vida profissional. Para
fazer uma carreira de sucesso, é ca-
da vez mais exigido que as pessoas
estejam antenadas às mudanças e
tenham flexibilidade para se rea-
daptar a cenários que se transfor-
mam constantemente. É justamente
a capacidade das empresas de res-
ponder rapidamente às mudanças
que garante a sustentabilidade de
seus negócios.
A universidade consegue oferecer
uma formação de acordo com o
ritmo das transformações do
mercado?
As mudanças frequentes no mundo
fazem com que tanto as empresas
quanto as universidades busquem
novas soluções para novos desafios.
Sabendo da importância da troca de
experiências e conhecimento entre
o mundo acadêmico e organizacio-
nal, o Itaú investe para estar sempre
perto dos estudantes, seja apren-
dendo com eles, seja compartilhan-
do conhecimento por meio de nos-
sos executivos. Por exemplo, temos
parcerias nas quais o Itaú fornece
atividades complementares, com
certificado extracurricular pela uni-
versidade; aulas e palestras; treina-
mentos com parceiros para estu-
dantes; entre outras iniciativas.
Com a internacionalização, domi-
nar idiomas além do português é
diferencial importante para in-
gressar no banco? Quais idiomas
aconselharia?
É importante, embora não seja neces-
sariamente eliminatório. O inglês é o
mais exigido, e o espanhol é desejável,
até porque grande parte de nossa ex-
pansão se dá em países da América
Latina. Embora ainda haja muitas
oportunidades de crescimento no
mercado brasileiro, a expansão em
países latino-americanos e, a longo
prazo, emoutros continentes, está em
nossos planos. Com isso, o conheci-
mento de outros idiomas será cada
vez um diferencial mais desejável.
Quais projetos sociais o Itaú Uni-
banco desenvolve?
O investimento social é realizado por
meio da Fundação Itaú Social, do Ins-
tituto Unibanco e do Instituto Itaú
Cultural. Itaú Social e Instituto Uni-
banco trabalham pela melhoria da
educação pública, a partir da convic-
ção de que a educação é o caminho
para o desenvolvimento sustentável.
Emparceria comas três esferas de go-
verno, empresas e organizações so-
ciais, somos responsáveis por iniciati-
vas como o Prêmio Itaú Unicef, a
Olimpíada de Língua Portuguesa Es-
crevendo o Futuro, a capacitação de
gestores e programas como o Jovem
de Futuro e o Jovens Urbanos, para ci-
tar alguns exemplos.
O senhor já atuou como voluntá-
rio em projetos de educação do
Instituto Unibanco?
Eu atuei, diretamente com os jovens,
no programa
Estudar vale a pena
. O
banco apoia os colaboradores com
um programa de voluntariado orga-
nizado, contando com mais de 14
mil cadastrados na Rede de Ações
Sociais Itaú. Ter um programa de
voluntariado empresarial significa
oferecer oportunidades estruturadas
de participação, e também reconhe-
cer e valorizar os funcionários que
se engajam. É necessário considerar
o aspecto de desenvolvimento pro-
fissional relacionado à prática de
ações sociais. Nessa linha, desen-
volvemos, na Área de Pessoas, os
programas
Transformação trainees
e
Transformação estagiários
. Por es-
ses programas, que já estão na sexta
edição, passaram cerca de 500 trai-
nees e estagiários. Eles realizam
diagnóstico, visitas técnicas, capta-
ção de recursos, plano de comuni-
cação para convocar outros colegas
e, por fim, realizam um mutirão
com diversas melhorias para uma
organização social escolhida.
Conte um pouco sobre sua trajetó-
ria profissional.
Sou formado em administração. Co-
mecei no banco como
trainee
há 28
anos e fui tendo oportunidades de
crescimento. Trabalhei alguns anos na
área de planejamento e orçamento.
Minha formação profissional se deu
na área financeira e de planejamento,
fiquei uns 13 anos nessa área até che-
gar a diretor. Depois, como diretor
passei para o RH, de onde parti para
área de riscos, na qual permaneci por
alguns anos, depois fui transferido pa-
ra área de qualidade e eficiência, para
então retornar para o RH.
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Agitação | CIEE
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ENTREVISTA
MARCELO ORTICELLI