José Renato Nalini, Ives Gandra da Silva Martins,
Ademir de Carvalho Benedito, o homenageado Paulo
Bomfim, Luiz Gonzaga Bertelli, Paulo Nathanael Pereira
de Souza, Celso Lafer e Di Bonetti ouvem Eduardo
Santhana, que musicou poesias de Bomfim.
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CIEE | Agitação
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Além da carreira literária, Paulo
Bomfimtraz emsua biografia curiosas
passagens multimidiáticas. Em 1969,
foi presidente do júri no quinto e últi-
mo Festival de Música Popular Brasi-
leira da TV Record. Naquele ano, fo-
ram premiados Paulinho da Viola (1º
lugar por
Sinal fechado)
, Agnaldo
Rayol (2º lugar por
Clarisse
) e Vanusa
(3º lugar por
Comunicação
). Antes
disso, desde 1945, foi colaborador de
jornais, como
Correio Paulistano
,
Diário de S. Paulo
e
Diário de Notí-
cias
. Também apresentou programas
nas rádios Gazeta e Diário deNotícias
do Rio de Janeiro e na TV Tupi. Foi
também curador da Fundação Padre
Anchieta (mantenedora da TVCultu-
ra), diretor técnico do Conselho Esta-
dual de Cultura de São Paulo e repre-
sentante do Brasil nas comemorações
do cinquentenário da Semana de Arte
Moderna, em Portugal.
André Lopes
Guilherme de Almeida (esq.), Gilberto Chateaubriand e Paulo Bomfim, na
inauguração do Museu de Arte de São Paulo (Masp), 1968.
POETA MULTIMÍDIA
Eugenia (Raul de Leôni)
Nascemos um para o outro, dessa argila
De que são feitas as criaturas raras;
Tens legendas pagãs nas carnes claras
E eu tenho a alma dos faunos na pupila...
Às belezas heroicas te comparas
E em mim a luz olímpica cintila,
Gritam em nós todas as nobres taras
Daquela Grécia esplêndida e tranquila...
É tanta a glória que nos encaminha
Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)
Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...
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