O
judoca
Igor Miranda de Souza
, estudante do en-
sino médico com deficiência visual, conquistou
duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas Escola-
res, que reuniu atletas de todo Brasil emSão Paulo. Treinado
no projeto Dourados Paralímpico, no fim do ano passado
decidiu ingressar no judô, modalidade pela qual já represen-
tou a cidade em competições estaduais. Ele é um dos cerca
de 300 estudantes mato-grossenses que estagiamna prefei-
tura de Dourados, parceira do CIEE há três anos.
ESTÁGIO
COMOURO
Edson Gilson da Silva
CIEE | Agitação
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Igor Miranda entre a prefeita Délia Razuk (dir.) e a
secretária de Administração Elaine Boschetti.
OVOODO
APRENDIZ
A
os 17 anos,
Jone Barbosa da
Silva
, 24 anos, conheceu o
CIEE, por indicação de uma
amiga, se cadastrou online e checava
todos os dias as ofertas de vaga no
portal da organização. A primeira en-
trevista, para uma vaga de aprendiz
num escritório de contabilidade, não
deu certo. A história do jovem, que se
tornaria estudante de publicidade e
propaganda na Universidade de Cuia-
bá (Unic), mudou um mês depois do
fracasso. Chamado para entrevistas na
empresa aérea Latam, em 2010, dis-
putou a vaga com cinco candidatos.
Na primeira, a psicóloga perguntou
por que Jone queria trabalhar na com-
panhia. “Eu disse que, apesar de não
saber tudo que a Latam fazia, estava
disposto a aprender e a conhecermais
de suas atividades, no intuito de cres-
cer profissional e pessoalmente.” Na
segunda, o supervisor quis saber qual
era a perspectiva de futuro dele e onde
se via depois de três anos – o processo
seletivo ocorreu em 2010. “Respondi
que em 2013 já teria acabado meu
contrato como aprendiz, mas eu me
via na empresa, efetivado num cargo
de mais confiança.” Da última entre-
vista, saiu animado. “O gerente co-
mentou que tinha gostado muito das
minhas respostas e até brincou, dizen-
do que eu tinha uma semana de des-
canso antes de começar a aprendiza-
gem.” Após um ano, Jone passou a
conferir documentos de transferência
de passageiros para outra companhia,
em casos de cancelamento ou atraso
de voos, e atuou na área de RH. O de-
sempenho nesse rodízio de experiên-
cias resultou na efetivação no setor de
lojas uma semana antes do final do
contrato de aprendiz. “Achandomui-
to parado vender de passagens e co-
brar tarifas, pedi para mudar para o
check-in e, depois de três anos, fui
promovido a despachante de voo.”
No cargo há dois anos, recebe o
voo, faz abertura de portas com a
tripulação, verifica documentos de
embarque, resolve problemas a bor-
do e, depois da decolagem, insere os
dados do voo no sistema da Latam.
Jone quer avançar na carreira, sem-
pre na empresa que lhe deu oportu-
nidades de crescimento pessoal e
profissional. Concluiu o curso e
pretende seguir carreira de comis-
sário de voo. Antes está se aprimo-
rando em outros idiomas, pois pre-
cisa do inglês ou espanhol para co-
meçar a voar. Entusiasta do progra-
ma de aprendizagem, ele recomen-
da o CIEE a quem procura vaga de
aprendiz e de estagiário. “Conheço
muitas pessoas que ingressaram no
mercado de trabalho via CIEE e tive
a chance de dar meu depoimento
sobre as vantagens do programa em
uma palestra para empresários e
aprendizes.”