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Ponto Final
Arnaldo Niskier
é presidente do CIEE/RJ,
membro da Academia Brasileira de Letras (ABL)
e vice-presidente do CIEE Nacional
São Paulo/SP; a Casa dos Espíritas, de Rio Claro/SP,
a Associação de Proteção à Maternidade, Infância e
Velhice, de Patos de Minas/MG, etc.
Como se vê, são entidades de lugares distintos e com
finalidades diversificadas, em todo o território brasilei-
ro, o que é perfeitamente compreensível e justificável.
Assim, torna-se mais justo do que nunca o pleito do
CIEE, como um todo, pois temos realizado trabalhos
inequívocos de assistência social também em todo o
país. Esta não é apenas a nossa razão, mas o nosso di-
reito. Quando oferecemos a bolsa-auxílio aos nossos
jovens estagiários, em geral esse é o seu primeiro e fun-
damental salário. Isso é altamente positivo, do ponto de
vista social.
A mesma boa vontade que hoje existe em relação aos
nossos aprendizes legais, cujo número cresce de forma
exponencial, pleiteamos para os estagiários, invocando a
importância das suas atividades, praticamente em todos
os ramos da atividade humana. Para que se tenha ideia
de relevo desse empenho, basta exemplificar com o que
ocorre no Rio de Janeiro. Hoje, os seus 30 mil estagiários
(número crescente) estão amparados por cerca de 3,2
mil empresas e órgãos públicos, com os quais o CIEE
mantém inteligentes convênios.
Se a economia cresce, sobretudo no setor de petróleo
e gás, o que é um fato notório, é natural que as oportu-
nidades de estágio aumentem na mesma proporção – e
é o que tem ocorrido. O reconhecimento federal, pois, é
pura e simplesmente uma questão de justiça.
Arnaldo Niskier
V
ivemos muitos anos de angústia com as dúvidas do
Conselho Nacional de Assistência Social a propó-
sito dos certificados de filantropia, que chamamos de
Cebas. A pretextos variados, esse órgão do Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome tem pos-
tergado a concessão dos certificados aos organismos
vinculados ao sistema CIEE, de tantos e tão notórios
serviços prestados aos jovens brasileiros. Para se ter
ideia, em 2014, depois de 50 anos de frutíferas ativida-
des, o Centro de Integração Empresa-Escola registra o
atendimento a cerca de 15 milhões de estudantes, o que
não deixa de ser um número altamente expressivo. Na
verdade, um recorde.
Este ano, no entanto, houve uma série inusitada de
deferimentos de entidades beneficentes de assistência
social, o que parece significar um processo saudável de
abertura. Houve um período, aliás, excessivo, de estag-
nação, sob motivos diversos, mas agora se pode assina-
lar ummovimento que prenuncia dias melhores.
A Secretaria Nacional de Assistência Social deferiu
a concessão de certificados de entidades beneficen-
tes de assistência social, com validade por três anos, a
instituições como a Associação Movimento Solidário
Colmeia, de Rio Grande/RS; a Sociedade Protetora
da Casa Maternal Amélia Leite, de Aracaju/SE; a
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae)
de Mauá/SP; a CongregaçãoMekor Haim, de São Paulo/
SP; a Associação Beneficente do Instituto Brasileiro de
Reeducação Motora, do Rio de Janeiro/RJ; a Associação
de Pais eAmigos dos Excepcionais (Apae) deCarazinho/
RS; a Associação Multidisciplinar Regiane Affonso, de
Presidente Alves/SP; a Província dos Capuchinhos de
O reconhecimento federal ao caráter
filantrópico do CIEE é pura e
simplesmente uma questão de justiça.
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