Seu contrato de aprendizagem era para dois anos, mas
foi efetivado no primeiro, quando concorreu a uma vaga de
assistente administrativo especializado na área de engenha-
ria de manutenção e melhoria contínua. “A vaga exigia co-
nhecimento emmecânica e elétrica, que estudei numoutro
curso técnico do Senai, e só havia dois candidatos.” Hoje, ele
cuida das finanças, parte do almoxarifado e de indicadores
do departamento. “Estou me desenvolvendo para a área de
melhoria”, adianta, ao falar dos planos. “Apresentei um pro-
jeto para o almoxarifado que rendeu 5milhões reais de eco-
nomia”, relata. O projeto liderado por ele e que conta com
seis pessoas no time, além do gestor da área, foi escolhido
para apresentação emevento de fimde ano da empresa num
resort na Bahia, concorrendo a prêmios. Matheus conta
com o apoio de dois aprendizes e afirma ter uma relação
tranquila comeles. “Dou
feedback
diário como aprendi com
omeu tutor”, diz o jovem, que cursa engenharia de produção
na Faculdade Pitágoras.
Thalita também teve a sorte de alinhar a sua expectativa
de carreira com as oportunidades descortinadas na Avon.
Ela começou como aprendiz no RH da empresa, ajudando
a organizar os processos de recrutamento e seleção, eman-
tendo contato com consultorias. Dois anos depois, concor-
reu a uma vaga interna para o cargo de instrutora de treina-
mento na área demelhoria contínua. Entre os 50 candidatos,
foi a selecionada e, um ano depois, promovida a analista jú-
nior no setor.
Muito de suas conquistas ela atribui à capacitação teó-
rica do Aprendiz Legal, ministrada pelo CIEE. “Aprendi a
redigir e-mail, a atender telefone, a me relacionar com pes-
soas, valor que a empresa preza muito, a me portar no am-
biente organizacional, informática, alémde ter sido auxiliada
na escolha da carreira”, diz Thalita, estudante do quarto ano
de psicologia na Faculdade Anhanguera. “Tenho uma
aprendiz, a Jéssica, que ajuda a garantir o resultado da me-
todologia damelhoria contínua e a quem tento, aomáximo,
transmitir a importância da responsabilidade e do cumpri-
mento de metas, da mesma forma que aprendi”, conta.
Elizabeth da Conceição
Francine Santana Moreno da Silva,
19 anos, aprendiz da área de RH.
Com o ensino médio concluído,
pretende se especializar em técnico
em RH. Hoje, divide o tempo entre a
aprendizagem e o trabalho voluntário
na igreja que frequenta. “Ser aprendiz
me ensinou a trabalhar em grupo, a
liderança, a me autoconhecer, sem
contar que estou numa área com que
me identifico.”
Heberli Batista da Silva,
17 anos, aprendiz da área de
manutenção predial.
Ajudar no orçamento doméstico foi a
motivação para ser aprendiz. Seu pai é
pedreiro e a mãe trabalha com serviços
gerais. “O programa mudou minha
maneira de ver o mundo, o convívio
com as pessoas e o meu
comportamento”, diz ela, que planeja
fazer engenharia mecânica.
Leonardo Barbosa Barros, 16 anos,
aprendiz da área de qualidade.
Com o salário de aprendiz, seu primeiro
emprego, auxilia a irmã desempregada
e complementa a renda do pai,
aposentado por invalidez.
“Ganhei muita responsabilidade e
programa me ajuda muito, tanto como
pessoa como profissionalmente”, diz
o jovem, que pretende cursar
engenharia de qualidade.
Centro de Distribuição, em Cabreúva/SP: maior operação da
empresa no mundo, a Avon Brasil exerce grande influência sobre
as decisões de desenvolvimento de produtos.
Fotos: Servfoto
CIEE | Agitação
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