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Agitação
nov/dez 2005
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ENTREVISTA
ESTÁGIO
Fundada em 1950
, quando os grupos
McCorquodale, da Escócia, e Bonnier, da
Suécia, enxergaram as oportunidades de
negócio no Brasil, que então mergulhava
numa intensa fase de industrialização, a
Interprint iniciou as atividades produzin-
do e imprimindo formulários contínuos.
Anos depois, os escoceses saíram da
sociedade e a empresa passou para o
comando do grupo Bonnier, o maior
conglomerado de multimídia da Escan-
dinávia, com presença em mais de vin-
te países europeus, e do inglês Rexam,
líder mundial na produção de latas de
alumínio.
“A universidade, além de
me dar uma profissão,
me fez um grande bem:
ensinou-me a estudar”.
Com o tempo, a Interprint ampliou sua
linha de produtos e entrou em nova fase
quando a Telebrás desenvolveu, em labo-
ratório, cartões telefônicos com tecnolo-
gia indutiva. A empresa queria mostrar o
produto na ECO 92, grande fórum mun-
dial realizado no Rio de Janeiro, e con-
sultou três empresas sobre a viabilidade
da produção em escala industrial: Casa
da Moeda, American Bank Note e Inter-
print. Ágil em desenvolvimento industrial,
a Interprint foi a primeira a fornecer os
cartões indutivos para telefones públicos
que seriam utilizados na ECO 92.
Hoje, a empresa tem capacidade para
produzir 18 milhões de cartões por mês
e é líder em vários segmentos do merca-
do de impressos e documentos de segu-
rança. Detém 30% do mercado brasileiro
para a emissão da Carteira Nacional de
Habilitação, emprega 1.200 funcionários
e seu faturamento bruto deve superar
os 200 milhões de reais em 2005. Suas
associadas são a Incard do Brasil e a In-
telcav, a primeira uma
joint venture
com
o grupo norte-americano ST Electronics,
para produzir cartões com chip para
celulares GSM, e a segunda com o gru-
po venezuelano Inteligen, para cartões
magnéticos e chip-cards para o merca-
do bancário e correlatos.
Em 2005, seu controle acionário sofreu
grande transformação com a retirada do
grupo Rexam. A parte inglesa foi adquiri-
da pelo Bonnier e por um grupo de admi-
nistradores da Interprint. Desde outubro
último, é 80% sueca e 20% brasileira.
Ernesto d´Orsi, que em 1999 assumiu
a presidência da empresa e do conselho
de administração, decidiu que a direção
executiva deveria passar paramãosmais
jovens. A partir da mudança do controle
acionário, ele preside o conselho de ad-
ministração, órgão responsável por tra-
çar as estratégias, tomar as decisões de
investimento e determinar as políticas e
os rumos da empresa.
Nascido no Rio de Janeiro, engenhei-
ro industrial com cursos de extensão e
aperfeiçoamento no Brasil e no exterior,
foi executivo da Metal Leve e diretor fi-
nanceiro do Grupo Mangels. Começou a
carreira como estagiário e guarda uma
lição, muito útil para empresas interes-
ERNESTO D’ORSI
Presidente do conselho de
administração da Interprint.
complementa
o aprendizado