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U
m dos problemas do ambiente de trabalho, segundo antropó-
logo e consultor de empresas
Luiz Marins
, é a confusão que
se faz entre atitude e comportamento. A atitude não se pode
medir, já o comportamento, sim. “Muitas empresas trabalham com
a atitude e não com comportamento, o que gera ruídos na com-
preensão de tarefas”, diz. “Para evitar esse problema, é necessário
transformar atitudes em comportamento.” Convidado para o Ciclo
CIEE de Palestras sobre RH, em que desenvolveu o tema
Comporta-
mentos e atitudes no ambiente de trabalho que aumentam a produ-
tividade e a qualidade de vida
, Marins acredita que para atingir as
metas é preciso querer. “Sucesso antes do trabalho, só no dicio-
nário”, brinca. Segundo ele, estamos perdendo a vontade de
querer. Por isso, é necessário procurar a motivação. “Para es-
timular as pessoas nas empresas é preciso dar-lhes voz, para
que possam opinar e agir.” O foco apenas no lucro e na ob-
rigação de dar retorno aos acionistas em curto prazo,
muitas vezes impede a motivação a longo prazo, dimi-
nuindo a inovação e a criatividade. Exemplifica com
trabalho das organizações não governamentais, que
estão centradas num objetivo que faz brotar a criati-
vidade em um foco único.
1º/11 – Teatro CIEE, em São Paulo/SP.
Jeff Dias
ATITUDES E
COMPORTAMENTOS
Servfoto
HORADE
ESCREVER
P
ara o ato de escrever, é necessário escolher palavras para construir as
frases de acordo com a ideia que se quer transmitir. No entanto, para
que a mensagem seja satisfatória, é necessário ter bem claro quem é o
interlocutor, ou seja, para quem a ideia está sendo lançada. “Desrespeitar esse
princípio básico é um erro muito comum; já vi alunos de jornalismo que es-
creviam para mim e não para o leitor”, afirma
Manuel Carlos Chaparro
, jor-
nalista e professor de comunicação, que ministrou a palestra
A arte de escrever
bem – para agir e dizer pelo texto
. Ométodo utilizado nos textos jornalísticos,
segundo Chaparro, é uma receita eficaz para prender o leitor e transmitir
ideias de forma clara e objetiva. Uma das normas é começar pelas informações
mais relevantes, tentando responder às perguntas mais comuns: quem, o quê,
como, quando, onde e por quê. “O jornalismo brasileiro tem a mania de uti-
lizar o discurso indireto e colocar falas sem importância na boca do persona-
gem”, critica. Para o professor, ao escrever deve-se pensar menos na gramática
e mais no conteúdo que pode interessar e atrair o leitor. “Não adianta colocar
todas as vírgulas no lugar se o texto não tiver informações claras e corretas.”
11/10 – Teatro CIEE, em São Paulo/SP.
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