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CIEE promove seminário em

Brasília e reúne especialistas

num rico debate sobre um dos

mais graves problemas da

realidade brasileira, que tem

forte reflexo na inclusão social

e profissional dos jovens.

“O gargalo educacional e o

difícil acesso dos jovens

ao mercado de trabalho

exigem soluções ousadas”

Luiz Gonzaga Bertelli

,

presidente do Conselho Diretor

do CIEE Nacional e do Conselho

de Administração do CIEE/SP

A afirmação, que define o foco do seminário, é de Luiz

Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho Diretor do CIEE

Nacional e do Conselho de Administração do CIEE/SP. Objetivo

que, aliás, deixou claro na abertura do encontro, ao enfatizar a

importância do debate aberto e transparente da questão educa-

cional. Partindo da premissa de que amelhora das condições so-

cioeconômicas de um país passa pelos avanços na educação, os

especialistas que participaram dos debates buscaram apresentar

propostas para que o Brasil elimine o gargalo que fragiliza esse

fundamento e condena milhões de jovens àquela que talvez seja

a maior das desigualdades, que é a educacional. Bertelli frisou,

ainda, que a prática profissional complementa a formação teó-

rica e é importante estratégia para os gestores de recursos hu-

manos de empresas privadas e públicas para suprir as lacunas

deixadas pelas deficiências do sistema educacional brasileiro.

“O CIEE é um grande

parceiro do país e

talvez tenha feito

até mais do que nós”

Manoel Dias

,

ministro do Trabalho

e Emprego.

Primeiro palestrante, Manoel Dias, ministro do Trabalho

e Emprego, reafirmou o compromisso do governo com a

qualificação profissional, um dos principais desafios de sua

pasta. Apontando a falta de capacitação como consequên-

cia da baixa escolaridade e causa da dificuldade de acesso

do jovem ao mercado do trabalho, fez uma recomendação.

“Para que o Brasil mantenha a posição de sétima potência

do mundo só há uma maneira: é por meio da inovação, do

conhecimento e da qualificação da mão de obra”, afirmou.

Dias elogiou o CIEE, que alcança resultados sólidos. “É um

grande parceiro do país e talvez tenha feito até mais do que

nós graças a uma atuação articulada e permanente”, reco-

nheceu. “Não interessa fazer programas, projetos e cursos,

sem que haja continuidade ou que impliquem custos des-

necessários”, resumiu.

“A inclusão pela preparação

para o trabalho ajudará a

saldar a dívida social

do país para com os jovens

Eduardo Dalbosco,

do Ministério do

Desenvolvimento Social

Eduardo Dalbosco, coordenador da assessoria par-

lamentar e legislativa do gabinete da ministra Tereza

Campello, participou como representante do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para

ele, o aprofundamento da parceria entre o CIEE e o MDS

é uma das opções para reduzir uma discrepância: a Bolsa

Família registra 17 milhões de alunos em idade escolar e

apenas 7 milhões no ensino superior. “A inclusão produtiva

por meio da preparação para omercado de trabalho émuito

importante para enfrentar esse passivo, que é uma verdadei-

ra dívida social que o país tem com a juventude”, afirmou.

“Um currículo engessado

torna impossível qualquer

proposta pedagógica

feita com mais criatividade”

Júlio Gregório

,

secretário de Educação

do Distrito Federal