13
MDS E CIEE CONTRA
A VULNERABILIDADE
O governo federal estipulou uma meta para 2018: inserir em programas
de aprendizagem em todo o país 250 mil jovens em situação de
vulnerabilidade social, inscritos no Cadastro Único para Programas
Sociais. Ao dar a notícia durante reunião no CIEE, a ministra de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
Tereza Campello
afirmou que considera o CIEE
um eficaz parceiro, por sua capilaridade nacional e
pela qualidade do programa que oferece. Ela explicou
que vê a aprendizagem como um fator
preponderante não só para a manutenção
dos jovens na escola, mas também como
um incentivo para a continuidade
dos estudos. Durante o encontro, foi
anunciada a criação de um grupo
de trabalho para estudar estratégias
que estimulem a oferta de vagas a
aprendizes.
HORA E VEZ DA MICRO
E PEQUENA EMPRESA
Com direito à presença da presidente
Dilma
Rousseff
e a previsão de oferta inicial de 15 mil
vagas em 81 municípios, o Pronatec Aprendiz na Micro
e Pequena Empresa foi lançado no final de julho, com o objetivo de dar
a jovens em vulnerabilidade social o acesso ao ensino técnico como o
primeiro passo para ingresso no mercado de trabalho. O programa é fruto
de atuação conjunta dos ministérios do Trabalho e Emprego, da Educação e
do Desenvolvimento Social, e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
O foco são alunos da rede pública de ensino, com idades de 14 a 18
anos, tendo prioridade aqueles recolhidos em abrigos, resgatados do
trabalho infantil, egressos do cumprimento
de medidas socioeducativas e com
deficiência. Eles deverão se inscrever
nos Centros de Referência e Assistência
Social (Cras), os cursos serão custeados
pelo governo federal e os beneficiados
frequentarão 400 horas de aulas teóricas
para capacitação em informática, comércio
e varejo, ocupações administrativas e
alimentação. Os cursos serão ministrados
em escolas técnicas federais, estaduais
e municipais, pelo Sistema S e outras
entidades formadoras devidamente
reconhecidas, como o CIEE.
Luiz Gonzaga
Bertelli destaca
o forte efeito
inclusivo gerado
por oportunidades
de aprendizagem
de qualidade. Ao
lado: Josbertini
Clementino,
secretário do
Trabalho e
Desenvolvimento
Social do Ceará, e
Wagner Pinheiro de
Oliveira, presidente
dos Correios.
O sucesso da aprendizagem já havia
sido comemorado no dia anterior, duran-
te a segunda reunião ordinária do Fórum
Nacional da Aprendizagem, coordenado
peloMTE e do qual fazemparte vários ór-
gãos governamentais e entidades, sendo o
CIEE um dos membros titulares. Entre
outros assuntos, a pauta do encontro co-
locou em discussão o anteprojeto de lei a
que o ministro Dias dará encaminhamen-
to, a capacitação teórica à distância e em
meio fechado para jovens que cumprem
medida socioeducativa.
O CIEE, alinhado a essa causa desde
2003, apresentou no Fórumduas iniciativas
que comprovam a viabilidade e a eficácia
das propostas em pauta. Uma vem do Rio
Grande do Sul, onde o CIEE oferece cursos
de formação profissional para jovens re-
colhidos em regime fechado na Fundação
de Atendimento Socioeducativo (Fase)
em Porto Alegre e mais seis municípios.
Também foram enfocadas melhorias nos
programas de educação à distância, tendo
o CIEE/SP apresentado a plataforma que
já oferece capacitação teórica a jovens de
várias localidades mais afastadas de gran-
des centros, pelo Aprendiz Legal, iniciativa
desenvolvida emconjunto coma Fundação
Roberto Marinho.
Servfoto
José Cruz/Agência Brasil